Em outubro deste ano, o amigo esperantista, Dr.Paulo Sérgio Viana, pronunciou uma palestra , por ocasião do 13º Encontro do Grande Rio, emNiterói, intitulada "Psiko-Memhelpa Literaturo: Utila? Senutila?Malutila?"( = Literatura de Auto-Ajuda : Útil? Inútil ? Nociva?).Lamento,não poder traduzi-la para aqueles que ainda não falam a língua neutra internacional.No entanto, sugiro aos samideanos que não deixem de lê-la no saite da Cooperativa Cultural dos Esperantistas(www.kke.org.br/esperanto/prelegoj/psiko_memhelpa_literaturo.php).
Em determinado trecho, Dr. Paulo Sérgio afirma que os livros do gênero " auto-ajuda" são vendidos aos milhões, não obstante as discussões teóricas e a má-vontade de intelectuais que os criticam. Depois de citar alguns exemplos desse tipo de literatura que tanto sucesso faz, indaga se toda essa grande massa de leitores que a aprecia é enganada, explorada e estupidamente perde o seu tempo. Em seguida, utilizando-se de primorosa argumentação, conduz os seus ouvintes à conclusão: Toda obra literária é de algum modo um veículo de auto-ajuda; ela sempre foi assim, uma vez que, essencialmente, tem por objetivo auxiliar os leitores a viver melhor. Fazendo menção à Bíblia, ao Alcoorão aos Upanishades, bem como a livros religiosos de outras seitas, chama nossa atenção para o fato de que, em última análise, todos consistem em um conjunto de regras para vivermos felizes, segundo as leis de Deus. Por fim, pergunta:" Por acaso esses livros não fazem parte da literatura de auto-ajuda?".Antes de citar outras obras e textos ilustrativos deixados por Sêneca, Marco Aurélio, Cervantes e Shakespeare, o palestrante afirma que muito antes da moda atual de literatura de auto- ajuda, homens sábios se empenharam em criar textos para auxiliar psiquicamente seus semelhantes. Alguns tornaram-se clássicos e- curiosamente?- esses não são , absolutamente, desaprovados pelos " intelectuais" que presunçosamente criticam os modernos autores.
Segundo , Dr.Paulo Sérgio, todo tipo de literatura visa um auxílio psíquico, se o próprio leitor assim o desejar; o que de fato existe é a boa ou má literatura e os bons ou maus leitores. Finalmente, afirma que, assim como toda espécie de psicoterapia, a literatura pode ser inútil , nociva ou útil:
Inútil, se apresentar apenas banalidades e vulgaridades, sem valor estético e se a lemos superficialmente, sem uma prudente análise, sem o interesse na aquisição de novas idéias, sem espírito crítico e sem uma aplicação prática na vida real.
Nociva, se apresenta idéias e sentimentos antiéticos,esteticamente desagradáveis , e se o leitor, desprovido de capacidade crítica deixa-se influir na vida real por esses textos perturbadores, antihumanos, que infelizmente estimulam, por exemplo, o racismo, outras discriminações e a violência.
Útil, se apresenta, através de uma vestimenta artística, idéias originais e instigantes, com um conteúdo humano, e por sua vez o leitor a absorve com interesse analitico e crítico.
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Recentemente, visitei o saite do Dr.Roberto Shinyashiki (http://www.shinyashiki.com.br/roberto/) , médico psiquiatra com pós-graduação em Gestão de Negócios (MBA - USP), profundo conhecedor da alma humana, autor de inúmeras obras consideradas de auto-ajuda. "Sua capacidade de entender a realidade e as necessidades dos indivíduos o faz uma referência em temas como felicidade e sucesso" .Consta do referido saite o seguinte comentário a respeito do livro "Os Donos do Futuro ", de onde foi extraída "A lição da mosca", texto que anda circulando pela internet :
"Shinyashiki diz que os donos do futuro são os que sabem cooperar, sabem se relacionar e sabem mudar, qualidades fundamentais se a meta é a conquista da satisfação pessoal e profissional. Um dos trechos do livro, e que de certa forma resume todas as idéias contidas nele, diz que "os donos do futuro são pessoas capazes de viver e trabalhar em equipe tanto no emprego como em casa. Abriram mão do individualismo para viver nova experiência, muito mais rica: ajudar o outro, aceitar ajuda e crescer em conjunto. Aprenderam a substituir eu por nós".
A meu ver,esse livro enquadra-se , perfeitamente na classificação "Literatura Útil", definida pelo palestrante Paulo Sérgio Viana.Para concluir, vejamos em que consiste a tal lição da mosca:
A lição da mosca
Certa vez, duas moscas caíram num copo de leite...
A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do
copo. Como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, não
conseguiu escapar. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou,
parou de se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz e,
por isso, continuou a se debater e a lutar. Aos poucos com tanta agitação, o
leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de manteiga no qual ela subiu.
Dali, conseguiu levantar vôo e sair do copo.
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido, novamente caiu num copo, desta
vez cheio de água. Como pensou que já conhecia a solução daquele problema,
começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse.
Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie,
pousou na beira do copo e gritou:
"Tem um canudo ali, nade até lá e suba".
A mosca tenaz respondeu:
"Pode deixar que eu sei como resolver este problema."
E continuou a se debater mais e mais até que, exausta, afundou na água.
SOLUÇÕES DO PASSADO, EM CONTEXTOS DIFERENTES, PODEM TRANSFORMAR-SE EM
PROBLEMAS. SE A SITUAÇÃO SE MODIFICOU, DÊ UM JEITO DE MUDAR.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de observar
as mudanças ao redor e ficamos lutando inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão!
Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar
nossas experiências. Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao
sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir.
É por isso que os japoneses dizem que na garupa do sucesso vem sempre o
fracasso. Os dois estão tão próximos que a arrogância pelo sucesso pode
levar à displicência que conduz ao fracasso.
Os donos do futuro sabem reconhecer essas transformações e fazer as mudanças
necessárias para acompanhar a nova situação. (De: Os Donos do Futuro -
Roberto Shinyashiki)
Se a única ferramenta que você conhece é o martelo, todo problema que
aparece você pensa que é prego.
A lição da mosca
Certa vez, duas moscas caíram num copo de leite...
A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do
copo. Como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, não
conseguiu escapar. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou,
parou de se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz e,
por isso, continuou a se debater e a lutar. Aos poucos com tanta agitação, o
leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de manteiga no qual ela subiu.
Dali, conseguiu levantar vôo e sair do copo.
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido, novamente caiu num copo, desta
vez cheio de água. Como pensou que já conhecia a solução daquele problema,
começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse.
Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie,
pousou na beira do copo e gritou:
"Tem um canudo ali, nade até lá e suba".
A mosca tenaz respondeu:
"Pode deixar que eu sei como resolver este problema."
E continuou a se debater mais e mais até que, exausta, afundou na água.
SOLUÇÕES DO PASSADO, EM CONTEXTOS DIFERENTES, PODEM TRANSFORMAR-SE EM
PROBLEMAS. SE A SITUAÇÃO SE MODIFICOU, DÊ UM JEITO DE MUDAR.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de observar
as mudanças ao redor e ficamos lutando inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão!
Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar
nossas experiências. Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao
sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir.
É por isso que os japoneses dizem que na garupa do sucesso vem sempre o
fracasso. Os dois estão tão próximos que a arrogância pelo sucesso pode
levar à displicência que conduz ao fracasso.
Os donos do futuro sabem reconhecer essas transformações e fazer as mudanças
necessárias para acompanhar a nova situação. (De: Os Donos do Futuro -
Roberto Shinyashiki)
Se a única ferramenta que você conhece é o martelo, todo problema que
aparece você pensa que é prego.