Há tempos não vou a São Paulo visitar minha irmã Myriam e a respectiva tropa. Meses atrás ela não resistiu à curiosidade de ver, pessoalmente, como o irmão caçula vem enfrentando “as batidas da sorte”, caracterizadas por duas arritmias e pequenas complicações de somenos( Guilherme, essa é moleza. Até o Dudinha conhece) importância. Foi assim... que resolveu me surpreender com uma inesperada visita,acompanhada, naturalmente, de ilustre comitiva. É bom que tenhamos esses contatos com certa freqüência, entre outras coisas, para não nos assustarmos com as inexoráveis ( Dudinha, pode ir pegar o dicionário que nós aguardamos) mudanças de aparência, decorrentes do avançar da idade e do recuar da saúde. Novamente, no dia 20 deste mês, eis que ela resolve dar uma esticada até nossa casa (desta feita,houve aviso-prévio) acompanhada como sempre de renovada comitiva, depois de haver festejado o aniversário da filha Rita, única ,dentre os filhos, que optou por voltar a morar no Rio, sua cidade natal. Pelo que soube, a “operação surpresa, estrategicamente planejada para se tornar inesquecível, foi um sucesso. Ao invés dos visitantes se apresentarem em um só momento, resolveram fazê-lo de forma impactante: primeiro, se não estou enganado, chega a irmã Sandra ( a mesma do nosso capítulo anterior); logo em seguida , a cunhada Lílian. “ E o papai, não veio?”, pergunta a anfitriã. Ouve-se uma desculpa esfarrapada, e segundos após, sai do esconderijo o guerrilheiro Bueno.Imagino a emoção da filha Rita! “ E a mamãe, não pôde vir?”. Bem, responde a guerrilheira Sandra, “ toma o meu celular e ligue para ela, para dizer que fizemos boa viagem”. Não sei se estou reproduzindo fielmente o que aconteceu, mas... continuemos.Também não sei exatamente , como a minha irmã foi chegando de mansinho e se postou atrás da Rita, enquanto ela , ingenuamente, tentava completar a chamada para São Paulo. Só sei que devem ter rolado muitas emoções.
Por volta da 4 horas da tarde do dia 20, Maria Thereza e eu começamos a receber os visitantes: Bueno,Myriam,Sandra, Lílian,Rita, Luiz Mario, Dinah, Gilberto, Ligia,Talita e Alexandre. Seleção de titulares! Só não chamei o resto da galera porque o apartamento é relativamente pequeno e não queria incomodar os vizinhos pedindo cadeiras por empréstimo. Vejam a foto abaixo. Desculpe-me, Alexandre, mais alguém tinha que bancar o fotógrafo.
Como a “tchurma” ainda não havia tomado conhecimento do capítulo “ Crocodilar, nem sempre resolve”, fizemos um convite para que a Rita- locutora oficial das tradicionais “ cartas de Papai Noel” recebidas pela galera dos Buenos – aceitasse fazer a leitura do nosso texto. Foi uma delícia, recordar situações vividas há tantos anos. Reunião digna de ser repetida!
No decorrer das nossas recordações, Myriam acrescentou uma curiosíssima informação: Aproximadamente, há quatro décadas, numa das anuais idas a São Lourenço-MG, nossa mãe conheceu uma senhora de nome Adalgisa. Conversa vai, conversa vem... em dado momento a tal senhora , resolve “crocodilar” empregando a expressão “ petit-tour”. Surpresa, minha mãe confessa que julgava ser esta uma expressão de uso particular da nossa família, transmitida pela nossa avó Clara, que dos sete aos 21 anos de idade morou na França, tendo como governanta uma senhora de origem alemã. Resumo da ópera: D.Adalgisa era parenta da governanta da minha avó. Este assunto relacionado a acaso, sintonia, coincidências, certamente voltará a ocupar páginas do “ Senta aí Talita!”
FJGM
30 maio 2006
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